Análises

REVIEW: Ponyboi – Sundance 2024

Ponyboi foi um dos filmes que assisti no final de Janeiro. Resolvi ver alguns filmes do Sundance, escolhi três: Ponyboi, Handling the Undead e Love me. Todos são bem diferentes um do outro. Participei do festival online, ainda não consegui ir até South Lake City para isso, quem sabe da próxima. 

Para quem tiver vontade de participar da versão online que ocorre. É só entrar no site e comprar ingresso pros filmes que você quer, mas precisa estar nos EUA, nem dando um jeitinho, consegue, infelizmente. 

O primeiro que eu assisti foi Ponyboi do diretor Esteban Arango estrelando River Gallo. Não conhecia muito desse diretor e me surpreendeu. Principalmente River Gallo trazendo uma visão única para o personagem e para o filme.

Ponyboi se iniciou como um curta e agora tomou vida como um longa. É interessante como ele se monta com duas histórias diferentes. Ambas causadas por Ponyboi (River Gallo), nosso protagonista, uma pessoa que nasceu intersexo e isso causa sua busca por personalidade e liberdade.

Por mais que tenha saído da casa dos pais, Ponyboi cai nas mãos de um cafetão, Vinny (Dylan O’Brien). Ele namora sua amiga, Angel (Victoria Pedretti), mas não é nem um pouco fiel e quer ganhar vantagem vendendo uma droga mais barata para seus clientes. É isso que gera os problemas do filme. Um dos homens que Ponyboi se relaciona morre após usar essa droga.

Enquanto Ponyboi tenta fugir desse problema, uma ligação sobre seu pai estar doente acontece e seu passado vem à tona. É aí que vemos porque Ponyboi quer fugir, não apenas por causa do incidente, mas por sua liberdade e tentar entender quem é de verdade. É aí que o filme toma força, por mais que a história de perseguição seja interessante e prenda a atenção, embarcar na descoberta de Ponyboi é melhor ainda.

A estética de Ponyboi é deliciosa, cheia de saturação e granulação voltando aos anos 2000, fora a maquiagem e figurino que são impecáveis. Victoria Pedretti, que também está no filme, é uma das personagens que mais trazem a estética Y2K com tudo e é delicioso ver cada segundo dela. 

Com ótimas atuações e uma estética linda, o filme é interessante e empolgante, contando a história de um personagem único. O final do filme é eletrizante e nos deixa com o coração quentinho, tudo ao mesmo tempo.